Que
as palavras
escorram
da minha
boca
e adocem
tua saliva.
Que
tuas mãos
invadam
todos os meus
esconderijos,
derrubem
todas
as minhas
(tão frágeis)
resistências.
Que
as pontas
dos teus dedos
desnorteiem
a bússola
do meu desejo.
Que
a tua boca
provoque
o desvario
dos meus
sentidos
todos.
E que
eu me perca
nas tuas ânsias,
me dilua
no teu suor.
E então
possa me ver
inteira.
E resgatada.
Míriam Monteiro